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Liberalismo Econômico

Se nos dias atuais, observamos fortes polarizações políticas ao redor do mundo todo, no Brasil, isso não é exceção. Muito se fala sobre “direita”, “esquerda”, privatizações, estatizações, mas pouco se sabe sobre a ideologia e ideias que se encontram por trás delas. Atualmente, o liberalismo econômico tem ganhado força e popularidade dentre os cidadãos, embora muitos deles pouco entendem sobre esta corrente. Neste artigo, você entenderá mais um pouco sobre o liberalismo econômico, o que ele é, seus benefícios e como ele está presente no cotidiano.


Mas o que é liberalismo econômico?


Liberalismo econômico é uma ideologia cujo advento acontece no século XVIII e seu principal representante é o filósofo e economista Adam Smith. Esta ideologia é baseada na organização da economia de uma maneira individualista, pregando pela não-intervenção do estado na economia, a livre concorrência no mercado, câmbio livre e direito à propriedade privada. Nesse viés, as empresas e indivíduos são os principais tomadores de decisão econômica, deixando o estado e outras organizações coletivas em segundo plano, que, na época, “não atendiam às novas necessidades do capitalismo”.

Contextualizando, o liberalismo econômico nasce com um grupo de pensadores que rejeitavam a excessiva intervenção do estado na economia, rebatendo as ideias do mercantilismo, que defendia o controle do Estado na economia por meio de monopólios e altos impostos. Portanto, o ideal procura promover o Estado mínimo, o qual reforça a ideia de que o Estado não pode e nem deve atuar em todas as esferas socioeconômicas, como a liberdade individual, liberdade religiosa, liberdade de imprensa, por exemplo.

“Laissez faire, laissez Passer” (Deixai fazer, deixai passar), uma bela e importante expressão que remete a um dos princípios desta ideologia. Nesse sentido, entende-se que o Estado não deve estabelecer diversas regras nas atividades econômicas visto que o mercado irá corrigir desajustes naturalmente, se auto regulando.

Pilares do liberalismo econômico

Para entender e caracterizar melhor o liberalismo econômico, serão apresentados os pilares que sustentam esta ideologia.

Livre concorrência: Todo indivíduo possui o direito de abrir o seu próprio negócio e livres para concorrer com empresas de outras áreas sem que nenhuma destas empresas possua vantagem relacionadas a regulações do Estado, apenas do próprio mercado. Também conhecida como a “Mão invisível do mercado”, regrando a macroeconomia.

Mínima intervenção do Estado: Caracterizado como Estado mínimo, defende a não-intervenção do governo em quaisquer esferas da sociedade. Nesse sentido, as obrigações do Estado se limitam a garantir o cumprimento das leis da liberdade privada.

Vantagem comparativa: Cada nação é responsável pela produção de determinada categoria de produtos, dando ênfase para essa produção e, assim, obter vantagem em relação a outras nações em determinada categoria.

Pensadores: Adam Smith, fundador da escola clássica desta ideologia e autor do livro “A riqueza das nações” e Thomas Malthus, que viria a ser o autor da teoria do princípio das populações, foram os principais precursores e formuladores dos princípios do liberalismo econômico.


Adam Smith e a "mão invisível do mercado"

E essa ideologia possui benefícios?

Poderiam ser discorridas páginas e páginas sobre como o liberalismo econômico tem produzido riqueza e permitido o crescimento, desenvolvimento econômico e riqueza das nações. Um exemplo imponente é o país economicamente mais livre da Europa (Suíça) que possui nada mais e nada menos do que o 2° melhor IDH (Índice de desenvolvimento humano) do mundo.

Nesse sentido, é nítido que uma boa compreensão e aplicação do liberalismo econômico pode trazer diversas vantagens para uma nação. Assim, serão mostrados a seguir diversos gráficos que tem mostrado como os princípios desta ideologia têm contribuído com alguns indicadores socioeconômicos importantes.


Liberdade econômica x IDH:


Liberdade econômica x IDH [The Heritage Foundation]

Dando continuidade ao exemplo citado previamente neste artigo, analisamos uma relação direta entre os níveis de liberdade econômica e o índice de desenvolvimento dos países. No gráfico, temos à esquerda os países com economia mais reprimida (representadas pela barra de cor vermelha), por outro lado, temos a média do IDH das nações cujas economias são mais livres à direita (representadas pela cor verde).

Este gráfico mostra que o liberalismo econômico não se resume a uma questão econômica ou geração de riqueza, como também envolve questões sociais que refletem a qualidade de vida dos cidadãos de cada nação, de maneira que eles possam exercer seus direitos e se desenvolver de maneira simultânea com o país.


Liberdade econômica x Padrão de vida da população:


Liberdade econômica x padrão de vida [The Heritage Foundation]

O gráfico acima correlaciona o PIB per capita médio dos países com o índice da Heritage Foundation de níveis de liberdade econômica. Este gráfico deixa explícito que quanto mais livre a economia de um país, maior a prosperidade usufruída pelo povo.

Em síntese, por meio de diversos fatores, o liberalismo econômico apresenta ideias que contribuem com o sucesso e enriquecimento das nações quando bem estruturado, não só do ponto de vista econômico, como também do ponto de vista social, fazendo com que os direitos da sua população sejam exercidos sem maiores percalços.




Autor: Fabrizzio Sanchez Aguilar | linkedin





Referências


[1]https://www.gazetadopovo.com.br/instituto-politeia/por-que-a-liberdade-economica-importa/


[2] https://www.capitalresearch.com.br/blog/investimentos/liberalismo-economico/



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