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  • LMF São Carlos

Explicaê 4.1 - Newsletter 06/04



Notícia número 1: Banco Central deve cortar o juros em maio e depois deve interromper o ciclo de afrouxamento!

A política monetária brasileira desde de outubro de 2016 vem passando um um período de “afrouxamento”, ou seja, adotou-se uma política expansionista, com queda acentuada da taxa de juros (Selic foi de 14,15% para 6,5% na última reunião).

Em relação a esse ciclo de afrouxamento, o presidente do BC Illan Goldfajn (nem tente ler esse sobrenome) afirmou que o Comitê pretende cortar a taxa mais 1 vez em maio, com objetivo de garantir que não haja atrasos na convergência da inflação a sua meta.

Mas pera ai! Que raios é esse negócio de convergir à meta? É muito simples, a função principal da política monetária é garantir que a inflação atinja a meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (4,5% para 2018). Esse corte adicional de maio vai garantir que a meta seja atingida sem atrasos: quanto menor for a taxa de juros, maior a “liquidez” na economia e maior será a inflação. Visto que estamos ainda abaixo da meta, esse corte vai dar o empurrãozinho que falta para a inflação chegar nos 4,5%.

Depois desse corte adicional, Ilan disse que vê como adequada a interrupção do afrouxamento, ou seja, não veremos mais cortes na taxa de juros, até que o cenário futuro seja analisado pelo Comitê.

O que tudo isso significa? Bom, para nós escritores (Pedro Tedesco e Lucas Alves) isso mostra que o BC enxerga uma atual melhora da economia e acredita que o ciclo de afrouxamento monetário foi benéfico para o país com indicadores econômicos em ritmo de crescimento, aumento do consumo, diminuição do desemprego e inflação controlada.

Notícia número 2: Estados Unidos e China em guerra comercial!

Em mais um episódio de “Um maluco no pedaço”, vemos Trump anunciando novas taxa de cerca de 60 bilhões de dólares sobre produtos chineses, violando as regras da OMC (Organização Mundial de Comércio).

A ameaça de Trump era aumentar os impostos sobre alumínio e aço e também sobre produtos que prejudicam diretamente o segmento de alta tecnologia Chinês (TI e robótica por exemplo).

Como tiro trocado não dói, a China retaliou as ameaças e americanas com o anúncio de que sobretaxaria 128 bens de consumo fabricados no Estados Unidos, como: vinho, frutas, nozes e carne de porco.

Os Chineses disseram que possuem apoio da população e do governo e não exitariam em aplicar as medidas contra os EUA caso Trump mantenha sua posição, porém, acreditam que os conflitos comerciais podem ser resolvidos com diálogos.

As políticas alternativas e protecionistas de Trump são geralmente abusivas e pouco aceitas pela mídia. Acreditamos que os dois países chegaram a um acordo que seja benéfico para ambos(O Bulba acredita que os governos vão sim taxar muitas coisas um do outro).

Notícia número 3: Fluxo cambial negativo em março

Depois de ter fechado janeiro com um superávit com melhor resultado desde abril de 2017 (US$8,06 bilhões), o Brasil amarga o segundo mês com déficit no fluxo cambial —somando saldo comercial e financeiro, representa a entrada e saída de moeda estrangeira no país —com US$1,454 bilhões em fevereiro e US$ 3,94 bilhões em março.

O saldo só não está sendo pior graças ao desempenho do Saldo Comercial que, representando a diferença entre o total de exportações e importações de um país em um determinado período, está em superávit nos últimos 3 meses, com exportações maiores que as importações.

Já o Saldo Financeiro, que refere-se ao movimento de fluxos financeiros entre o país e o exterior (investimentos diretos, em portfólios , remessas de lucros, entre outras operações), tem puxado para baixo o saldo cambial.

Tudo isso mostra a alteração no fluxo cambial de países emergentes para os desenvolvidos. Um fluxo de capital positivo é essencial para a economia desses mercados emergentes, já que ele contribui para o aumento de investimentos e financiamento de possíveis déficits de conta.

O Brasil fechou os últimos 2 anos com déficit na conta financeira, sendo o de 2017 um montante de US$ 52,299 bilhões, o maior rombo anual na série histórica do BC, que vai até 1982.

O que achamos que está influenciando isso? Diversos fatores estão diretamente e indiretamente ligados a essa reversão no fluxo de capitais, mas nós evidenciamos a retirada do mercado doméstico dada as tensões sobre uma possível guerra comercial entre Trump e a China, a incerteza política e uma pressão vendedora causada pela SELIC a 6,5% somada com a percepção de que o FED possa aumentar o juro num ritmo mais intenso.

Notícia número 4: Ilan Goldfajn diz que criptomoedas não são moedas

O presidente do BC, Ilan Goldfajn, disse que criptoativos, como se referiu à todas as moedas digitais, precisam ser vistos com cuidado por quem deseja investir.

O presidente, seguiu o que alguns bancos centrais já haviam alertado e chamou atenção para “falta de lastro” desse tipo de meio de troca. Lastro é a garantia implícita de um ativo e é utilizado para determinar o valor real das moedas, antigamente em relação ao ouro e hoje em relação às riquezas de um país.

Outro fator que o presidente chamou atenção (e que nós, escritores desse Explicaê, concordamos) é a necessidade de ̶s̶a̶n̶g̶u̶e̶ ̶f̶r̶i̶o̶ entendimento sobre o ativo por quem deseja aventurar-se nesse tipo de investimento. Já que, sem a compreensão das movimentações gigantes dos preços das criptomoedas no geral, o mercado não acabe derrubando o preço do ativo. O Bitcoin, principal moeda digital, chegou a um valor de quase U$S 20 mil dólares em dezembro de 2017 e hoje vale por volta de US$ 6 mil doláres.

Segundo ele, a tentativa de regulamentações para as criptomoedas por parte dos Bancos Centrais do mundo visam criar mecanismos para coibir a formação de bolhas e não proibir investimentos na “moeda”.

fonte 1: https://br.investing.com/news/economy-news/bc-deve-cortar-os-juros-em-maio-e-depois-interromper-ciclo-de-afrouxamento-reitera-ilan-574782

fonte 2: https://exame.abril.com.br/economia/guerra-comercial-de-trump-tem-dias-decisivos-em-conflito-com-china/

fonte 3: https://br.reuters.com/article/businessNews/idBRKCN1GJ2BX-OBRBS

fonte 4: http://www.valor.com.br/financas/5423225/ilan-diz-que-criptomoedas-nao-sao-moedas-e-defende-cautela


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